domingo, 9 de agosto de 2020

Couro legítimo ou couro sintético

 

couro

De onde vem o couro

O tipo de couro produzido em uma região depende muito da fonte dominante disponível. Nas Américas, é a pele de gado bovino, complementada por cabras, ovelhas, avestruz e búfalo.

Couros mais exóticos também estão se tornando mais comuns. Cangurus são frequentemente empregados nos couros de chicotes e motocicletas, graças a sua leveza e resistência à abrasão. Peles de cobra, jacaré e crocodilos são populares também. Até mesmo a pele de arraia pode ser transformada em couro – algo frequente em lugares como a Tailândia, onde as arraias são muito comuns.

O processo de curtimento

O curtimento serve basicamente para mumificar uma pele e estabilizar o material resultante, para que ele não endureça demais nem apodreça. O processo de fazer isso primeiro envolve preparar a pele, raspando-a para retirar qualquer carne, gordura ou pelo. Opcionalmente, também se aplica pasta de cal, branqueador ou produtos para matar as bactérias na pele.

A diferença entre o couro curtido e o cru é visível nas reações deles ao calor e à água. O couro cru endurece no calor e apodrece quando molhado novamente. O couro curtido, por outro lado, continua flexível no calor e não apodrece quando molhado. Existem vários métodos de curtimento, que dão formas e utilidades diferentes ao couro. São eles:

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TIPOS DE CURTIMENTO EM COURO
  • curtimento vegetal: utiliza taninos encontrados em vegetais, cascas de árvore e outras fontes naturais derivadas de plantas. Este método produz um couro macio e marrom, que é ideal para ser entalhado e estampado, mas é muito instável na água.
  • Quando banhado em água quente, o couro curtido em vegetais irá encolher e endurecer bastante. Por isso, ele já foi usado como uma forma ancestral da armadura em placas, e também para encadernar livros.
  • couro curtido sinteticamente: usa polímeros sintéticos, como Novolac, Neradol e Melamina. O processo foi inventado durante a Segunda Guerra Mundial, quando os taninos vegetais foram racionados. É fácil descobrir esse tipo de couro por sua cor branca e cremosa.
  • couro curtido em alume: ele não é geralmente considerado “curtido” porque apodrece na água. Esse método utiliza sulfatos de alumínio misturados com agentes que dão liga naturalmente, como farinha e gemas de ovos. O alume consegue cores bem mais claras do que os curtimentos vegetais, ainda que o produto resultante seja bem menos maleável.
  • couro curtido em cromo: a forma mais popular de produzir couro hoje em dia, e uma das mais nocivas. Ele utiliza uma lama tóxica de sais de cromo e uma solução de curtimento para produzir um produto maleável e, frequentemente, de cor azul clara. As peles preparadas são primeiro acidificadas em uma cuba de cromo até que o pH do material caia para algo entre 2,8 e 3,2.
  • Então, elas são transferidas para uma cuba secundária, cheia de solução de curtimento. Uma vez que a solução tenha sido completamente absorvida por igual, o pH da cuba é aumentado para algo entre 3,8 e 4,2. Isso fixa o material de curtimento ao couro em nível molecular, e ajuda a diminuir o encolhimento que ocorre quando o couro é submerso em água quente.
  • couro curtido em aldeído: a principal alternativa ao curtimento que usa cromo. Aqui, em vez dele, é usado um aldeído glutárico ou oxazolidina. Tal qual o couro curtido sinteticamente, o curtido em aldeído é branco. Ele também absorve bem a água, é macio e pode ser lavado na máquina, o que faz dele perfeito para ser usado em camurça.

Depois que acaba o curtimento propriamente dito, o couro é colocado para secar. Então, começa o processo de “encrostamento”. O couro pode ser afinado, curtido novamente e lubrificado antes de ser colorido, amaciado e cortado.

O ideal para se curtir um couro e amenizar os impactos ambientais. Como aponta a ONUDI (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial) é usando técnicas comprovadas pela indústria, como a reciclagem direta (que usa a mesma tina de cromo para curtir o couro duas vezes) pode reduzir em 21% os níveis de cromo na água a ser jogada fora.

Utilização do couronas roupas

Nos últimos anos, em virtude de ser um material de custo alto, pela tendência da moda e outras exigências da vida moderna, ampliou-se consideravelmente o mercado de materiais diversos, sintéticos e naturais, em substituição ao couro. Também alcançou grande projeção no mercado o couro reconstituído (“recouro”), um misto de aparas de couro, resinas e outros produtos.

É importante salientar que é proibido por lei o uso da palavra “couro”, como por exemplo “couro sintético” ou “couro vegetal” para qualquer material que não seja de origem animal, de acordo com a lei 11/211 de 2005.

De qualquer forma, o couro não perdeu sua posição de material nobre, sendo requisitado para a confecção de estofados (moveleiro e automotivo), calçados, vestuário e acessórios (bolsas, cintos, carteiras, maletas, pastas) no mundo inteiro.

O couro bovino é o mais utilizado, devido a ser o mais abundante do mercado e ao preço mais baixo. O segundo mais utilizado é o couro caprino, devido também à facilidade de obtenção, que torna os preços competitivos, e principalmente pela sua qualidade, que é maior do que a do couro de boi. Entretanto, também tem crescido a procura pelos couros suíno, ovino e de outras espécies de animais como o jacaré, cobra e leitões, mais recentemente, de rã e peixe.

O Sintético de couro é feito do quê?

1. Látex: direto da seringueira, a matéria-prima da borracha. Ele é considerado o mais “sustentável” por vir da arvore, mas tudo vai depender de como a comunidade está extraindo esse material, né?

2. Poliuretano ou PU: composto químico é o material mais comum para a fabricação dos “couros sintéticos”.

3. Polipropileno: outra variação entre as resinas sintéticas, mas com uso menos comum nas roupas. Geralmente usado em detalhes das roupas.

4. Polivinílico: feito com componentes que lembram o vinil.

Uma coisa importante que pouco se falam por aí é que o processo de tingimento é uma das etapas que se gastam mais água – e no caso do sintético, esse processo é facilitado e gasta-se MUITO menos água do que para tingir o couro animal.

Vale lembrar que estamos falando de uma peça sintética ou seja a sua durabilidade é menor do que a de um couro animal.

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